As penas...
A vida tem penas.
As penas têm
cores.
Umas são negras.
Tais como nuvens.
Carregadas de
chuva.
Outras são
De todas as
cores.
Tais como as dos
pássaros,
Parecem flores.
São miosótis.
São cor de rosas.
São colibris.
Umas não voam.
Exalam perfumes.
Outras esvoaçam.
Como cardumes.
Todas brilham
Ao sol.
Há-as que
escrevem.
Parecem roletas.
Rodas da sorte.
Tentando quem
passa.
Há-as que ferem
E fazem sofrer.
Canas de pesca
Dum mau pescador.
Há-as voláteis.
Se soltam no ar.
Bailam no vento,
Não sabem parar.
E as que matam.
Sem piedade nem
dó.
Fazem sangrar.
Sem quê nem para
quê...
As penas dos
pobres
Não as sentem os
ricos.
Se engana quem
pensa
Que estes não
sentem
Penas mais duras
Apesar da riqueza...
As penas sem preço,
São tão terrenas,
Bem piores que a
traça,
Tudo devoram...
Não há quem as
mate.
Nem o dinheiro
Berlim, 13 de
Maio de 2014
15h14m
Joaquim Luís
Mendes Gomes
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