Amarelo e
cinzento...
O vento suão
Soprava valente
Pelos campos da
minha aldeia.
Era amarelo e
cinzento.
Vinha em força, lá
do deserto.
Trazia em si,
Carradas de areia
Em pó.
Enchia as folhas
verdes
Daquele arvoredo
viçoso.
Duma cor tão
triste!...
E eu pedia a
Deus.
Oxalá venha uma
chuvada abundante
Que refaça a cor
verdejante
Que é tão bela.
Limpe o chão.
E o sol a faça
brilhar.
Quero de volta
O vento do mar.
Que o cobre de
ondas
E me deixa o
desejo gostoso,
De nele me ir
banhar.
Sopre forte
O vento norte,
Mesmo gelado...
Acendo a lareira.
E fico a vê-la
Até que chegue a
hora
De me ir deitar.
Me envolvo
Nas minhas mantas
E ficarei no céu.
Orando
Que aquele vento,
Para sempre,
Fique donde é...
Ouvindo Smetana
em O Moldau
Berlim, 12 de
Maio de 2014
21h13m
Joaquim Luís
Mendes Gomes
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