Minhas mãos..
São cegas as minhas mãos.
Só sabem fazer bonecos e gatafunhos.
Metidas consigo.
Só ligam aos dedos.
Desprezam as mensagens
Que vêm da alma.
Entram pelos olhos,
Como buracos negros,
Desprezam o sol e a luz
E todas as cores lindas
Da Natureza.
São surdas.Como duas pedras.
Não ouvem os passarinhos
Nem o marulhar lento
Do mar cansado.
Não choram
Nem vertem lágrimas.
São dois rochedos
Que enfurecem e metem medo.
Têm ciúmes dos pés
Que andam no chão,
Tão cordatos e submissos
À voz do dono.
E elas não.
São moedas de duas faces,
Uma trabalha, cria calos,
Uma meiga.
A outra é falsa.
Só dá para o beija-mão.
Mas gosto delas.
São as penas das minhas asas.
Levam-me à boca
A colher da sopa
E do caldo verde.
Cuidam de mim.
Seguram-me à escada
Não me deixam cair.
Lavam-me o corpo
E coçam as costas.
Aparam-me a barba.
Ficam ferozes,
Com ameaças.
São carinhosas,
Para com a atenção.
São muito gratas.
São companheiras.
Escrevem-me as cartas.
Ditam meus versos.
Tocam piano.
E jogam à bisca.
Põem em brasa
E levam-me aos lábios
O cachimbo da paz.
Mafra, 11 de Agosto de 2014
6h12m
um amanhecer cinzento
Joaquim Luís Mendes Gomes
Minhas mãos..
São cegas as minhas mãos.
Só sabem fazer bonecos e gatafunhos.
Metidas consigo.
Só ligam aos dedos.
Desprezam as mensagens
Que vêm da alma.
Entram pelos olhos,
Como buracos negros,
Desprezam o sol e a luz
E todas as cores lindas
Da Natureza.
São surdas.Como duas pedras.
Não ouvem os passarinhos
Nem o marulhar lento
Do mar cansado.
Não choram
Nem vertem lágrimas.
São dois rochedos
Que enfurecem e metem medo.
Têm ciúmes dos pés
Que andam no chão,
Tão cordatos e submissos
À voz do dono.
E elas não.
São moedas de duas faces,
Uma trabalha, cria calos,
Uma meiga.
A outra é falsa.
Só dá para o beija-mão.
Mas gosto delas.
São as penas das minhas asas.
Levam-me à boca
A colher da sopa
E do caldo verde.
Cuidam de mim.
Seguram-me à escada
Não me deixam cair.
Lavam-me o corpo
E coçam as costas.
Aparam-me a barba.
Ficam ferozes,
Com ameaças.
São carinhosas,
Para com a atenção.
São muito gratas.
São companheiras.
Escrevem-me as cartas.
Ditam meus versos.
Tocam piano.
E jogam à bisca.
Põem em brasa
E levam-me aos lábios
O cachimbo da paz.
Mafra, 11 de Agosto de 2014
6h12m
um amanhecer cinzento
Joaquim Luís Mendes Gomes
São cegas as minhas mãos.
Só sabem fazer bonecos e gatafunhos.
Metidas consigo.
Só ligam aos dedos.
Desprezam as mensagens
Que vêm da alma.
Entram pelos olhos,
Como buracos negros,
Desprezam o sol e a luz
E todas as cores lindas
Da Natureza.
São surdas.Como duas pedras.
Não ouvem os passarinhos
Nem o marulhar lento
Do mar cansado.
Não choram
Nem vertem lágrimas.
São dois rochedos
Que enfurecem e metem medo.
Têm ciúmes dos pés
Que andam no chão,
Tão cordatos e submissos
À voz do dono.
E elas não.
São moedas de duas faces,
Uma trabalha, cria calos,
Uma meiga.
A outra é falsa.
Só dá para o beija-mão.
Mas gosto delas.
São as penas das minhas asas.
Levam-me à boca
A colher da sopa
E do caldo verde.
Cuidam de mim.
Seguram-me à escada
Não me deixam cair.
Lavam-me o corpo
E coçam as costas.
Aparam-me a barba.
Ficam ferozes,
Com ameaças.
São carinhosas,
Para com a atenção.
São muito gratas.
São companheiras.
Escrevem-me as cartas.
Ditam meus versos.
Tocam piano.
E jogam à bisca.
Põem em brasa
E levam-me aos lábios
O cachimbo da paz.
Mafra, 11 de Agosto de 2014
6h12m
um amanhecer cinzento
Joaquim Luís Mendes Gomes
Minhas mãos..
São cegas as minhas mãos.
Só sabem fazer bonecos e gatafunhos.
Metidas consigo.
Só ligam aos dedos.
Desprezam as mensagens
Que vêm da alma.
Entram pelos olhos,
Como buracos negros,
Desprezam o sol e a luz
E todas as cores lindas
Da Natureza.
São surdas.Como duas pedras.
Não ouvem os passarinhos
Nem o marulhar lento
Do mar cansado.
Não choram
Nem vertem lágrimas.
São dois rochedos
Que enfurecem e metem medo.
Têm ciúmes dos pés
Que andam no chão,
Tão cordatos e submissos
À voz do dono.
E elas não.
São moedas de duas faces,
Uma trabalha, cria calos,
Uma meiga.
A outra é falsa.
Só dá para o beija-mão.
Mas gosto delas.
São as penas das minhas asas.
Levam-me à boca
A colher da sopa
E do caldo verde.
Cuidam de mim.
Seguram-me à escada
Não me deixam cair.
Lavam-me o corpo
E coçam as costas.
Aparam-me a barba.
Ficam ferozes,
Com ameaças.
São carinhosas,
Para com a atenção.
São muito gratas.
São companheiras.
Escrevem-me as cartas.
Ditam meus versos.
Tocam piano.
E jogam à bisca.
Põem em brasa
E levam-me aos lábios
O cachimbo da paz.
Mafra, 11 de Agosto de 2014
6h12m
um amanhecer cinzento
Joaquim Luís Mendes Gomes
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