sexta-feira, 15 de agosto de 2014

espaços vazios...

espaços vazios...

há espaços na nossa alma,
tão vazios,
nenhum oceano imenso
os consegue preencher.

os que o tempo
nos foi levando,
como vento
em tempestade.

só de novo,
os perfumes da primavera,
com flores
ou as cores de outono,
em chama,
e os sabores,
acri-doces
da sua fruta.

nem um mar de ondas,
das pradarias,
alegrarão
os nossos olhos.

e suas brisas breves
suavizarão
as nossas lágrimas.

só o regaço quente e terno
da nossa Mãe
seria capaz de os saciar.

agora, só a sua bênção
lá dos céus,
será o consolo,
adequado e puro
para que esta vida
nos continue a fazer sonhar...

Mafra, 15 de Agosto de 2014
14h00

Joaquim Luís Mendes Gomes

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