a procissão da vertigem...
começou à hora,
a passar duma para a outra margem.
tanto andor, alto, colorido.
tanta gente de opa,
de fato inteiro
e de gravata.
tanta irmandade,
cada uma sua bandeira.
tanto círio e vela acesa.
cada um e uma
a cada ídolo.
há incenso e pétalas no chão.
e muitas pinturas rupestres
de cada lado das paredes.
sobem foguetes.
com fragor.
só fumaça e cheiro a pólvora seca,
sem nenhum estrondo.
há pálios e coros lúgubres,
entoando hinos descoloridos.
até palhaços ali vão aos saltos,
trepando loucos
à procura das cadeiras.
e a fechar,
aqui vou eu,
e, garbosa e impante,
vai uma banda inteira
de pandeiretas...
ouvindo Mahler
amanhece a 6.ª feira, com ar cinzento
Joaquim Luís Mendes Gomes
começou à hora,
a passar duma para a outra margem.
tanto andor, alto, colorido.
tanta gente de opa,
de fato inteiro
e de gravata.
tanta irmandade,
cada uma sua bandeira.
tanto círio e vela acesa.
cada um e uma
a cada ídolo.
há incenso e pétalas no chão.
e muitas pinturas rupestres
de cada lado das paredes.
sobem foguetes.
com fragor.
só fumaça e cheiro a pólvora seca,
sem nenhum estrondo.
há pálios e coros lúgubres,
entoando hinos descoloridos.
até palhaços ali vão aos saltos,
trepando loucos
à procura das cadeiras.
e a fechar,
aqui vou eu,
e, garbosa e impante,
vai uma banda inteira
de pandeiretas...
ouvindo Mahler
amanhece a 6.ª feira, com ar cinzento
Joaquim Luís Mendes Gomes
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