Crinas ao vento…
Em alvoroço,
Saltei para sela em
couro,
Do meu cavalo
branco
E pus-me a correr,
desalmadamente,
Pelas encostas da
serra…
Vou a fugir …saltar
as fronteiras…
Para os confins
do mundo…
Já não se aguenta
mais
Esta calamidade
tão triste
Que, em tornado,
Se abateu na
minha terra natal…
Arrisquei, por
respeito à Pátria,
Minha vida
mortal,
Na flor da
juventude…
Trabalhei uma
vida inteira, honradamente,
Subi a pulso, as
escadas públicas,
Bem calibradas,
para toda a gente…
Condição absoluta
Para se subir na
vida
E ser alguém.
Criei quatro
filhos completos,
De que me orgulho…
E que orgulham a
minha terra…
De repente, uma
horda de bandoleiros,
Uma arraia miúda,
Na balbúrdia da
madrugada,
Saltou as ameias supremas
do poder…
E só fez
desgraças…
Reduziu a pó todos
os sonhos
Das gerações que
sonham…
E lançou ao mar
Todos os tesouros
de oiro
Duma secular
herança
Que o País ganhou…
Ouvindo “
cavalgada das valquírias” de Wagner
Mafra, 5 de Abril
de 2013
8h27m
Joaquim Luís M.
Mendes Gomes
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