quinta-feira, 25 de abril de 2013


Vinte e Cinco de Abril

 

Naquele dia, da madrugada,

Outro sol raiou.

Trazia clarões de luz…

Já não eram raiados de sangue e negro.

 

Bateu em chama, nas janelas

E abriu portas cerradas da liberdade….

 

Trouxe ares de mar,

Com sabor a sal e ao sargaço

E  húmus da terra….

Trouxe a festa rija

Da fraternidade eterna

Que fez da rua um palco,

Alegre, sem figurantes.

 

Fechou para sempre,

As portas da guerra

E abriu as da liberdade.

Para pensar e ser,

Como somos desde a raiz.

Todos iguais.

 

Foram fora todos os trastes velhos,

Por fora, só verniz e aparência.

Por dentro, já carcomidos.

 

Os olhos brilharam de tanta alegria.

Foi a esperança …

Vã!...Durou pouco!

Doutro País…

Que não é o de hoje.
Foi só um sonho!...

 

Ouvindo Lang Lang em “ sonho de Schuman”

 

Mafra, 25 de Abril de 2013

8h00m

 

Joaquim Luís M. Mendes Gomes

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