sábado, 13 de abril de 2013


Holocausto…

 

Já não há mais fogo

Que arda e sossegue

Este mar em chamas de sofrimento.

 

Num repente…inesperado,

Nossos ideais foram esmagados

Por uma onda mortal

De desatino louco.

 

Todas as nossas crenças

Que eram sólidos alicerces

Duma vida feliz e sã,

-  a honra, o belo, o dever,

- o respeito, a gratidão

- e a abnegação pelo irmão…

 

Tudo ruiu…ficou em pó

Que a loucura levou.

 

Crescem cardos espinhosos

No nosso jardim.

Medram larvas vorazes e monstruosas

Que devoram pedras.

 

A cegueira total

É a bandeira de quem impera.

Só resta a fuga.

 

Até a luta seria inglória.

Só o desprezo total

E o juizo implacável da história futura  

Nos fará justiça.

 

Ó vil desgraça que se abateu em Portugal!...

Só apetece chorar!...De raiva!...

 

Ouvindo Grieg

 

Ovar, 13 de Abril de 2013

9h 2m

Joaquim Luís M. Mendes Gomes

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