Toadas de sonho…
Não me alimento
só de pão e de vinho,
Que a terra dá,
Mas dum vento alto
Que sopra e me
refresca
A cratera imensa
que me devora.
Vem dum universo
longínquo
Como rio oculto e subterrâneo,
Que se desdobra
em raminhos capilares.
Numa teia de
desejos impossíveis.
Numa fumarola intensa
Que nubla a limpidez
do meu querer.
Que me queima a
verdura dos sonhos lindos
Que teimam em
reverdecer,
Cada manhã em que
desperto.
Quero trocar de
vestes.
Trepar para outro
palco,
Onde minha voz
seja límpida e mais sonora,
O meu canto soe
longe
Como um pranto
benfazejo.
Quero espalhar
outro alimento,
Certo e genuino,
Que alimente,
Como onda ou
nuvem permanente
E não turve ou se
dissipe.
Ouvindo Richard
Claidermann
Ovar, 9 de Abril
de 2013
8h47m
Joaquim Luís M.
Mendes Gomes
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