quinta-feira, 18 de abril de 2013


 

Felgueiras

 

Felgueiras verde,

Terra farta de ramalheiras,

De campos e montes,

E de colinas onduladas,

Por onde corre forte

O vento norte.

 

Felgueiras,

Porta aberta e franca

Para o marão…ao longe.

 

Suavemente, despertas cada manhã,

Bem disposta para trabalhar.

 

Tantas fábricas.

Oficinas.

Tantas terras negras para lavrar.

Tantas parreiras verdes

Para pentear.

 

Tens campanários altos,

Em sementeira farta,

Pelos povoados,

Como faróis acesos,

Que nunca se apagam.

 

Felgueiras, garrida,

Tão alegre, ao sol,

Aos pés da santa

Que aí morreu mártir.

 

Tantas ermidas sós,

No cimo dos montes,

Se abrem apenas,

Uma vez ao ano,

Louvando o santo

Nas romarias.

 

E campos santos, tantos,

Tão asseados,

A derradeira morada,

Dos teus avós.

 

Aqui de longe,

Eu te saúdo!...

Bendita sejas…

Eu te quero muito,

Ó minha terra-mãe,

Onde eu vim ao mundo.

 

Berlim, 12 de Fevereiro de 2013

7h55m

 

Joaquim Luís M. Mendes Gomes

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