domingo, 21 de abril de 2013


Ironias da humanidade …

 

Tantos anéis de gente

Em socalcos, garridos,  

Ao redor da arena.

 

Batem palmas,

Vibram em uníssono.

Se arrepiam por dentro,

Tremem de pavor,

Na hora extrema.

 

Porque um animal pacífico,

Se sente enganado

Por quem, de bem,

O meteu ali.

 

Lhe crava um ferro

A sangrar no lombo…

Sanha cruel,

Muito bem oculta,

Muito mais feroz

Que o gigante de força,

Que tudo daria.

Para não estar ali.

 

Só quer a paz

E o pasto verde,

Lá no montado.

 

Ouvindo um passo-doble

 

Ovar, 21 de Abril de 2013

8h40m

Joaquim Luís M. Mendes Gomes

Sem comentários: