As duas gémeas...
Não percebo nada de pintura,
Mas oiço música,
Quando contemplo
Um quadro.
Os seus tons,
A arder,
As suas sombras,
Os seus traços,
Curvos, rectos,
São acordes lindos,
Claros, escuros,
Cheios de cor,
Que inebriam de som
Os meus olhos
E saciam de cor
Estes meus ouvidos.
Soltam tons
Cheios de cor.
Brados da alma,
Que canta e sofre.
Espelham o sol,
De luz,
Que nasce e morre.
Pintam o vento perdido,
Fugindo ao tempo.
Ressoam o mar
Fustigando as ondas,
São seara ao sol,
Amadurecendo o trigo,
Se esvaindo em sangue.
Afinal,
São só irmãs gémeas,
Filhas da arte,
Esposa do belo...
Mafra, 25 de Outubro de 2013
22h39m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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