Os vasos da minha sacada
São o meu encanto
De cada momento.
Inverno e verão.
Sózinho ou com gente.
Triste ou contente.
À beira do mar.
Quando regresso a csas
E lhes dou de beber,
Parecem sorrir.
Sem nada cobrar.
Ponho-lhes música,
De Mozart e Vivaldi.
Dançam comigo,
Bailando ao vento,
Que sopra do mar.
Se os ponho ao sol,
Ficam alegres,
Garridos,
De faces coradas,
Parecem crianças,
No recreio a brincar.
Se me vêm mais triste
Ou cansado,
Ficam tão tristes,
Parecem chorar.
Quando me vêm sair,
Dizem-me adeus.
Com tanta ternura,
Não sei se hei-de ir,
Ou se hei-de ficar.
E quando lá longe,
Em Berlim,
À beira dos netos,
Sinto tantas saudades,
Como se fosse um jardim.
Mafra, 29 de Outubro de 2013
15h14m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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