quarta-feira, 2 de outubro de 2013

nunca chove ao luar...

Porque nunca chove ao luar?...

Tanta vez, faz sol radioso e chove,
Engalanando a terra
De refulgentes arco-íris.
Enfeitando-a como a uma noiva
Que, em êxtase doce,
Vai subir
As escadas do altar.

É assim o inesgotável amor do astro-rei
Pela terra virgem,
Quando a banha com a chuva!...

Que haveria de ofertar a terra à lua
Quando se cobre
Daquele manto, albo e leve,
Que a enleva em sonho
E a faz cantar na madrugada...

Senão, serenatas
E tanta balada,
Perfumadas de amor plangente,
Na candura do silêncio
Que chove em pétalas,
No luar?...

Ouvindo “ Serenata de Schubert” por Nana Muskory

Mafra, 3 de Outubro de 2013
7h33m
Joaquim Luís Mendes Gomes



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