terça-feira, 22 de outubro de 2013

os serões de minha Avó...

Os serões da minha Avó

Se algum um dia,
Passares à minha porta,
Seja inverno, seja verão.
Entra.

Minhas portas estão sempre abertas,
É serão.

Há sempre um espaço livre
Na minha lareira.

Temos vinho à mão
Da minha pipa
E pão do forno
Queimado com minha lenha,
Em labaredas de amor.

E um piano preto
De caixa negra,
Sempre aberta
Que toca bem
Como nenhum.

Mo deixou a minha avó...
Tinha mãos de pianista
Alegraram minha infância.
Tocavam bem
Como ninguém.

Que maravilhosas madrugadas
Baladas puras de luar...

Até as andorinhas
Que dormiam no sótão
Se calavam para ouvir.

Agora, só oiço as saudades dela,
Que me enchem o coração.

Mafra, 22 de Outubro de 2013
19h20m
Joaquim Luís Mendes Gomes


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