Meu fato novo...
Mandei fazer um fato novo.
À minha justa medida.
Da melhor fazenda.
Meteu primeira e segunda prova.
Um terno azul.
Como a festa merecia.
Uma camisa celeste
E uma gravata em seda.
Com uns laivos d’oiro.
Uns sapatos pretos
De verniz em chama.
Quando chegou o dia,
Rebentou a guerra
E eu fui chamado.
Com jeep à espera...
Só tive tempo de o guardar na arca...
Podia ser que um dia
Eu repetisse a festa!...
Ainda hoje ele está na arca,
Mas já não me serve...
Mafra, 31 de Outubro de 2013
19h59m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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