Confidências da madrugada...
É, sobretudo, pela noite fora,
No silêncio da madrugada
Que eu lanço
A minha escada do infinito.
E subo e venço
Todas as distâncias
Que no dia
Eu não alcanço.
Não há montanhas,
Não há desertos,
Não há escarpas,
Não há nuvens negras,
Nem angústias...
Tudo brilha,
Perante a plenitude gratuita,
Cheia de estrelas
Dum pensamento,
Humilde
Que se ergue,
Em sublime ebulição.
Como em sonho,
Quando oro...
E me entrego
Como sou,
Assim tão pobre,
Todo a Deus,
Tudo eu esqueço.
Nem a fome.
Nem a sede.
Nem o medo.
É, na paz de Deus,
Que vejo o sol,
E vejo a lua,
E adormeço,
Em chuva branda de luar.
Ouvindo Plácido Domingo
Mafra, 24 de Outubro de 2013
Joaquim Luís Mendes Gomes
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