O meu balanço...
Nunca fui bom em contabilidade.
Minhas contas deram sempre erradas.
Para mim, foi sempre maior
O superavit...
Que todas as perdas.
Por isso, o meu baú
É um tesouro escondido.
A abarrotar...
Só deve abrir-se,
Após a morte.
Quem vai lucrar,
São os meus herdeiros.
Vão ficar ricos,
Como nunca o fui.
Tantas dádivas de graça
Eu recebi...
Como de chuva em verão de Abril.
Foi sempre o segredo oculto
Do meu jardim...
Nunca precisei de ir ao mercado
Para enfeitar
A minha mesa.
Tanta riqueza me entrou
Em casa...
Deu para mim
E para toda a gente...
Índa sobrou
Para matar as saudades de mim
Que, apesar de tudo,
Eu deixarei no fim...
Mafra, 22 de Outubro de 2013
14h2m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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