Fui, de surpresa, visitar um casal amigo que não via há muito. Meu amigo de infância.
Uma grande festa. Grandes abraços de alegria pura, sentidos bem dentro.
Entretanto, apareceu uma amiga, ainda é prima da mulher desse amigo Zeca. Uma viúva, nova muito bem conservada.
Com as últimas que tinham passado. Desta vez com ela mesmo.
- Vocês querem saber o que me havia de acontecer agora?...exclamou de olhos ainda esbugalhados.
- Conta lá, respondeu a mulher do Zeca.
- Andava eu a regar a relva, de mangueira em punho.
Passou o abade, de batina preta, como de costume. Um ancião robusto de noventa e cinco anos. que não pára em casa.
- Ó F...que andas a fazer?- perguntou ele de olhar viscoso.
- O sr. padre não vê? Estou a regar...
- Estou-te a ver. A perder o tempo!...
- Então porquê?
- Podias vir daí comigo. Vives só...não tens medo?
- Essa agora, sr. padre. Há tantos anos...de que havia eu ter medo. Não me sinto nada bem.
-Olha. Eu tenho. Podias vir viver comigo. Não me sinto nada bem só.
Fiquei sem pinta de sangue...sem saber que dizer. Se me havia de zangar com tão grande atrevimento ou só me rir...
-Lá em cima, no segundo andar, estava acamada, a sogra do meu amigo. Uma velhota igual, com tantos anos como ele. Só que cega, mas não surda e com o juizinho todo...de fazer inveja. Fora uma linda mulher de olhos azuis. Enterrou dois maridos...
Ouviu tudo e não se conteve.
- o F...manda-mo para mim!...
Uma gargalhada geral...
Havia muito que não nos ríamos tanto.
Uma grande festa. Grandes abraços de alegria pura, sentidos bem dentro.
Entretanto, apareceu uma amiga, ainda é prima da mulher desse amigo Zeca. Uma viúva, nova muito bem conservada.
Com as últimas que tinham passado. Desta vez com ela mesmo.
- Vocês querem saber o que me havia de acontecer agora?...exclamou de olhos ainda esbugalhados.
- Conta lá, respondeu a mulher do Zeca.
- Andava eu a regar a relva, de mangueira em punho.
Passou o abade, de batina preta, como de costume. Um ancião robusto de noventa e cinco anos. que não pára em casa.
- Ó F...que andas a fazer?- perguntou ele de olhar viscoso.
- O sr. padre não vê? Estou a regar...
- Estou-te a ver. A perder o tempo!...
- Então porquê?
- Podias vir daí comigo. Vives só...não tens medo?
- Essa agora, sr. padre. Há tantos anos...de que havia eu ter medo. Não me sinto nada bem.
-Olha. Eu tenho. Podias vir viver comigo. Não me sinto nada bem só.
Fiquei sem pinta de sangue...sem saber que dizer. Se me havia de zangar com tão grande atrevimento ou só me rir...
-Lá em cima, no segundo andar, estava acamada, a sogra do meu amigo. Uma velhota igual, com tantos anos como ele. Só que cega, mas não surda e com o juizinho todo...de fazer inveja. Fora uma linda mulher de olhos azuis. Enterrou dois maridos...
Ouviu tudo e não se conteve.
- o F...manda-mo para mim!...
Uma gargalhada geral...
Havia muito que não nos ríamos tanto.
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