O privilégio de
eu ter nascido...
Vim ao mundo
criatura ínfima,
Entre miríades de
milhares,
Infinitos de
milhões,
De possibilidades
para não nascer.
Nasci homem. Podia
ser só um ratito
Ou verme.
Mas não. Sou eu
só.
Assim.
Ninguém mais eu.
Cada dia me deito
e levanto
Para viver.
Esta luta
constante e dura
Para sobreviver.
De todos os
lados,
A desoras,
Me espreita a dor
E o ataque ao
ser.
Sou obrigado a
ser forte
E pronto
Na arte de me
defender.
Vivo horas
alegres,
Mas tantas
tristes,
E , desde que
acordo,
Não me sai da
cabeça
Esta ideia clara
e negra,
De que um dia,
Novo ou velho,
Pobre ou rico,
Hei-de morrer...
E fico atónito...
Se viver fosse só
isto...
Prontamente...
Eu repudiaria
Esta sorte falsa
De ter vindo ao
mundo...
Mas, sinto e sei
Cá bem no fudo
Que assim não
é...
Tenho Fé no
Criador
Que me pôs no mundo
E me quer para sempre...
Mafra, 8 de
Outubro de 2013
8h13m
Joaquim Luís
Mendes Gomes
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