segunda-feira, 14 de outubro de 2013

não sinto pressa...

Não sinto pressa...


Enchi meu cálice, sedento,
Com sumo de vento e de luar.
Fui servi-lo fresco à sombra,
Aos meus amigos do caminho.

Fiquei suspenso,
Tanta sede
Que havia...

Voltei para casa.

Enchi um saco
De pão fresco
Acabadinho de cozer.

Voltei ao ponto.
Abri-o ao vento.

Tanta gente mo pedia.
Fiquei suspenso.
Tanta fome caminhava lenta,
E encoberta de vergonha
P’lo caminho...
Senti vontade de chorar.

Mafra, 14 de Outubro de 2013
19h43m

Joaquim Luís Mendes Gomes

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