Tapada de Mafra
Pálidos raios de
sol cadente
Sobre esta mata virgem,
Onde, à solta,
Deambulam e
mastigam palha seca
Tantos cavalos
belos, de fino corte.
Corro o mundo.
Vou e volto.
Em estranho
frenesi.
Em correria
louca.
Em correria
louca.
Procurando o
quê?...
De vez em quando,
Com saudades,
Me lembro deles.
Tanta coisa
estranha
Vivo e me passa à
frente.
Tanta sorte de
poder voltar!...
Abro a janela
E eles ali
estão...
Iguais. Muito
serenos.
Mansos, em
profunda calma.
Saboreando viver
E desprezar a
morte.
Que linda lição
me dão!...
Ouvindo Hélene
Grimaud em Moonlight de Beethoven
Mafra, 3 de
Outubro de 2013
18h26m
Joaquim Luís
Mendes Gomes
1 comentário:
A Tapada que tão boas e duras recordações trazem!...
Os Cavalos que tanta serenidade me deram, talvez porque eram tratados como gente, enquanto os homens se transformavam em armas endurecidas.
O ar puro que lá respirava...
Acho que, no meio da Guerra, as minhas raízes de Paz se tenham aprofundado ali.
Um Poema de nostalgia.
Abraços
SOL
Enviar um comentário