sexta-feira, 25 de abril de 2014

amanhecer em Roses...

Amanhecer em Roses...

Que leveza de ar,
Azul nacado na manta de prata do mar.
Na auréola castanha de fumo,
Circundando ao longe,
Saída da terra, alta e negra,
Muralha de paz.

No cimo mais alto da abóboda do céu,
Azulíneo,
Banhado de  sol
Que há-de nascer
Para nós.

Na frescura duma brisa suave
Que apenas me chega ao nariz.

No matiz da praia molhada,
Que faz de entrada-tapete
A quem vem para ficar.

Reina o silêncio dormente
Nas casas que enchem todos os poros
Da encosta, à volta.

Chegaram agora mesmo,
Os primeiros sorrisos de sol
Batendo nas vidraças ao longe.

Baloiçam tão leves os mastros dos botes,
Que dormiram presos ao porto.

Minha alma exalta de encanto incansável,
Chorando da partida que vem...
E não espera.

Roses, 26 de Abril de 2014
7h10m

Joaquim Luís Mendes Gomes

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