Nos "sete
momentos"
Dia de Páscoa
Cerraram-se as
cortinas brancas das janelas.
As portas largas
de alumínio
Ainda estão
fechadas.
Dormem na manta
do silencio,
Sob os telhados
As gentes
cansadas do labor.
Pelas estradas
ainda ermas,
Só a chuva corre
Pelas bermas e
valetas.
Pelas encostas
cobertas
De giestas
amarelas,
Correm fios de
correntes,
Lá dos cumes.
Rumo ao rio que
corre grosso,
Lá mais ao fundo.
É deles que lhes
vem
A força toda
E aquela vontade
de correr
Com pressa.
De chegar
depressa até ao mar.
Oiço Bethoven.
Na sua sonata
moonligth,
Ao piano.
Com toques tão
brandos.
Quase tristes.
Me dá vontade de
chorar...
Mafra, 20 de
Abril de 2014
11h23m
joaquim Luís
Mendes Gomes
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