O nada...
Tudo desaparece.
Deixa de ser real
Na escuridão
total.
Até os holofotes
possantes
Que tudo
iluminam.
Se o sol vai,
Vem a noite com
seu manto
E num instante,
Aparece o negro.
Fica só o reflexo
Na nossa mente.
A memória
esquece.
Derramando esquecimento
Como uma glândula.
Feroz e
inclemente.
Vão-se todas as
résteas de luz.
E o deserto
avança.
Frio. Seco.
Sepulcro profundo.
Devorador.
Chegam os vermes.
Tudo mastigam
Reduzindo a nada.
Vai-se a fome.
E germina a
ausência
Potente e eterna.
Nada germina.
É o fim.
Inclemente e
cego.
Nem há fumo
Que se eleve no
ar.
Até o cheiro
seca.
Desfeito em cal.
Não há bem
Nem mal.
É o nada com toda
a força.
Só um milagre
O fará reviver.
Mafra, 20 de
Abril de 2014
21h10m
Joaquim Luís
Mendes Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário