Barco de remos...
Não sou barco de
remos
Que se deixe
guiar.
Seguro no leme.
Ergo as velas.
Pesco e derivo.
Lanço amarras,
Onde eu quiser.
A pesca,
Pouca ou muita,
É só minha.
Levo-a para casa.
Vendo ou ofereço.
Conforme me
apraz.
À mesa, em família,
Acendo a lareira.
Na brasa ou
cozido.
Encho a mesa.
Toalha lavada.
Com a fartura das
sobras.
Dá e sobeja...
Ó que regalo!
Boroa às fatias.
Ou regueifa da
feira.
Vinho da pipa.
Fruta da horta.
Um bolo caseiro,
Ao jeito da
Mãe...
Com alegria e
saúde.
Toda a gente a
comer...
À conta do barco,
Sempre pronto a
partir.
Mas quando eu
quiser...
E Deus me deixar.
Ouvindo Hélène
Grimaud
Mafra, 14 de Abril
de 2014
8h12m
Joaquim Luís
Mendes Gomes
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