sexta-feira, 18 de abril de 2014

uma névoa negra...

Uma névoa negra...

Uma nuvem negra,
De lado a lado,
Cobria todo o meu céu.
Sentia-me triste.
Tão prostrado.
Tanta saudade eu tinha
De ver o sol.
Senti-me frio.
Parecia o fim.
De olhos presos,
Olhava o céu.
Uma frestinha
Uma só réstea,
Por onde viesse um raio só.
Me incendiasse,
Em fogo ardente,
Toda a fogueira
Que em mim ardia
Tão de repente,
Com tanta tristeza,
Se me apagou.
Deambulei perdido
Por esses caminhos.
Olhando ao alto
E olhando o chão.
De alma atenta,
Ao menor sinal...
.
Uma esperança
Em mim ardia,
Em chama ténue.
Bastaria o sopro breve
Duma só brisa...
Bastaria o lampejo,
Mesmo triste,
Duma estrelinha,
Para a fogueira
Reacender!...
Enfim chegou...
Ouvindo Camané e Mariza
Mafra, 18 de Abril de 2014
7h53m
Joaquim Luís Mendes Gomes

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