sábado, 19 de abril de 2014

centelhas de luz...

Centelhas de luz..

Um mar de centelhas de luz,
Reluz nesta terra negra.
E crepita
frente ao universo estrelado
De estrelas presas,
Nos longes do céu.

Frias. Ausentes.
São pontos.
Sem história.
Perdidas. Sem tempo.
Se escondem de dia.
Ressurgem salpicos.
Sem conta.
Nas brumas da noite.

Fazem figuras. Com ondas.
No mar das galáxias.
Olhitos vidrados,
De peixes parados,
Sem escama.

Por vezes, saltitam.
Fugindo com medo.

Grassam o céu.
Cometas em fúria,
Se precipitam no nada.

Simulam de chuva.
Parecem granizo.
Se esvaem em fumo.
Não chegam ao chão.

Não fazem buracos.
Na morada que deixam.
São como ratos
Sem cauda,
Fugindo dos gatos,
Que se perdem
Nas brumas da noite.

Mafra, 19 de Abril de 2014
20h55m
Joaquim Luís Mendes Gomes




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