Grito de revolta
Revolva-se,
Desde as profundezas,
Esta terra negra e fria,
Subam cá fora,
Esses gigantes, alados,
De vontade férrea.
Que esta Pátria gerou
E sepultaram no esquecimento.
Tragam adagas. Tragam punhais.
Esquartejem em pedaços de carne e sangue,
Esses virulentos vilões
Que, num instante,
E num abrir e fechar de olhos,
Enterraram no chão,
Nossas glórias.
Nossas tradições de ser
Virtuosa e forte.
Sementeira de fogo
Se esparza em chama
E queime... abrase,
Esses montes de estrume.
Que enchem corredores
E salas reais.
Cheira a pês. Essa vaidade enorme,
Que derrama fome pelos lares famintos
E que viviam sãos,
Cumprindo a ordem
De serem gente séria.
Como Deus quer...e deve ser...
Desapareçam para bem longe...
Para lugares malditos,
Aos nossos gritos....
Fujam de nós,
Opróbrios de vergonha.
Peçonha e morte.
Nisso sois desenvoltos...
Até mais não...
Tende vergonha ...
Desapareçam...saiam da frente....
Vão para a vossa terra...
Não sejam soeses....
Ninguém vos quer ver mais
Um segundo só!...
Ouvindo Rachmaninov, concerto ao piano, pelo próprio...
Mafra, 13 de Abril de 2014
16h46m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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