Noite longa,
carregada e densa...
Esta que chega ao
fim.
Em vez de sono
suave e doce,
Uma nuvem negra.
De chuva agreste.
Fustigou minha
alma,
Deixou-a exangue.
Um vento frio,
Gumes cortantes,
A encheu de gelo.
De bater o dente.
Nenhuma manta,
Por mais grossa e
justa,
Calafetou a chama
que,
Bem dentro ardia.
Que porto morto,
Onde aportei meu
barco.
Só o negrume
cerrado
Nem uma só
ondinha breve
Mo fazia dançar.
Quero zarpar logo,
Ao raiar do dia.
Fazer-me ao
largo,
Rumo ao sul.
Sentir o vento
suão
Nas minhas velas
ao alto.
Agarrar o leme,
Pelo mar azul.
Olhar ao longe
E contemplar a
costa,
Uma manta verde,
Estendida ao sol.
Salpicos de
casas,
Com telhados
rubros,
Campanários brancos,
Apontando ao céu.
Quero regressar a
casa,
Meu castelo
amurado,
Aos meus
aposentos,
Onde tenho os
livros,
O meu periquito
azul.
Como canta bem!
Ouvir a minha
música
Que me eleva ao
céu...
Vila da Feira, 11
de Abril de 2014
6h40m
Joaquim Luís
Mendes Gomes
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