Meu pensamento...
É como um monge,
Perdido e
solitário,
Nos claustros dum
convento.
Uma ave sedenta,
De asas abertas,
Batendo ao vento
Que quer voar.
Um rouxinol atento,
De cordas
vibrando,
À espera que se
lhe abram
As portas da sua
prisão.
Um balão às cores,
Todo impante,
Só aguarda a hora
De poder subir.
Um paquete de
sonhos,
De mastros ao
alto,
Preso ao porto,
Está mesmo morto
Por seguir
viagem.
Uma canoa de proa
erguida,
Sem leme à ré,
A esbordar de
arroz.
Só pede a Deus
Que lhe dê boa
maré.
Um moinho, alegre,
Tão triste alado,
No alto do monte.
Esperando pelo vento...
Só quer moer.
Madrid, 23 de
Abril de 2014
20h54m
Joaquim Luís
Mendes Gomes
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