sábado, 5 de abril de 2014

inquietude...

Inquietude...

Às vezes...sinto-me só.
A vida sombria.
Tudo negrume.
Raios que caem.
O vento a bramir.
O mar revolto.
Sinto frio em mim.
Com fome de sol.

Vejo ao longe,
Correndo para cá,
O carro da morte.

Passo na rua.
Tudo me é estranho.
O vizinho de sempre.
Nasceu quando eu.
Parece diferente.

A primeira passada
Me sai muito mal.
Quase tropeço.
Me esqueci de quem fui.
Criança e menino.
Homem de luta.
A vida sorriu...
Tudo eu fiz.
Gerei quatro filhos.
De fonte tão pura.
São minha coroa.
Foram para longe.
Criaram raízes.
Crescem e lutam.
Voltados para a vida.

Deus os abençoe...
Sejam felizes.
A hora é deles.
Me sinto para trás!...

Mas espero...
O amanhã,
Com o sol a nascer,
Será de novo,
Um dia de sol...  
De alegria a jorrar.
Para mim
E para Vós.

Ouvindo “serenata de Schubert”



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