A minha rua
Não tem candeeiros
A minha rua.
A noite é negra.
Só tem morcegos.
Com nevoeiro,
Nem sequer luar.
Ao raiar da aurora,
Abro as janelas,
O arvoredo é mar,
Sou pescador,
O sol é rei.
Meu pensamento livre,
Um barco à vela,
Navegando ao vento,
Galgando as ondas,
Lançando as redes,
Sem querer pescar.
Não tenho riquezas,
Não sou pedinte.
Vivo de esmolas
Da natureza,
Só sinto fome
De saber amar.
Semeio preces,
Ensaio loas,
Escrevo versos,
O mais que posso,
Enquanto for dia,
Na minha rua,
Para não chorar.
Ovar, 8 de Junho de 2013
14h30m
Joaquim Luís Monteiro Mendes Gomes
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