quinta-feira, 6 de junho de 2013


Apenas um ponto...

 

Do mais ínfimo e simples

para  o complexo,

Tudo no mundo

é revestido de camadas.

 

Autoprotectoras.

De dentro para fora.

Como quem guarda no centro

o que é bom,

Como um segredo,

E é preciso preservar.

 

É assim, nos pequeninos seres,

Com os seus núcleos ínfimos

Que escondem núcleos,

Quase infinitos...

 

É assim, universo fora.

Teia emaranhada

de tantas órbitas colossais

Que se enlaçam

E prendem

 em espirais de força,

Gigantescos seres,

Sem dimensões e peso,

Como fenómenos...

Minúsculos pontos de luz,

Parecem perdidos

Na imensidão celeste.

 

Olho para tudo isto.

Só de olhos fechados,

eu vejo claro

que, por mais que pense

apenas sou um ponto ...

E apagado.

 

Ovar, 7 de Junho de 2013

6h49m

Joaquim Luís Monteiro Mendes Gomes

Sem comentários: