domingo, 9 de junho de 2013


Na terra comum...

 

Discretamente,

fiz-me ao caminho

e pus-me à boleia.

 

Numa estrada deserta.

 

Passou um camionista.

Parou a sorrir.

Abriu-me a porta .

Mandou-me subir.

 

Iniciámos a marcha.

Já éramos dois,

Cada um,

com seu mundo.

Para trás, ficava o deserto

E as pedras tristes,

sózinhas.

 

A camioneta, cega,

Rolava na estrada,

Pelas mãos do volante.

 

Vieram perguntas.

De um e de outro.

As questões do costume.

- donde...como ...e para quê...

As razões naturais.

 

Ao cabo e ao resto,

Somos todos iguais.

Só muda o caminho,

O princípio e o fim.

Na terra comum...

 

Café Parque em Ovar, 9 de Junho de 2013

10h6m

Joaquim Luís Monteiro Mendes Gomes

 

 

 

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