Noites de verão
Tenho saudades daquelas noites,
Sentado estreme
na soleira da porta em granito,
olhando o céu.
As constelações enigmas.
Onde paravam elas?
Toda a gente via,
Mas não eu.
Só via bem a estrela do norte.
Era grande,
Sempre a luzir.
Tantas cassiopeias
Eu via a estrelar...
A orion,
Jogando as escondidas.
Sempre a ganhar.
Cada vez pior.
A ursa maior...
Havia tantas.
Como um rebanho.
A ursa menor,
Todasiguais.
Apetecia-me ir
Ao hemisfério sul.
A ver se era igual.
Luzeiro do sul.
Sempre arder,
Como um farol.
Estrela polar.
Só a lua, tão verdadeira,
Mudando de faces,
Esposa do sol,
Diziam que mente,
Sempre a sorrir...
Mafra, 27 de Junho de 2013
20h8m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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