sábado, 15 de junho de 2013


Rio de pedras...

 

Mergulhei ao fundo

da minha vida passada.

Fui pé-ante-pé, pelo fundo do rio.

Meus pés sangraram.

Com tanto calhau que pisou.

 

Pedras que alguém me atirou,

Tentando roubar minha vida.

Impedindo-me de chegar onde ia.

 

Mas não conseguiram.

As pedras jaziam inertes,

Com marcas das mãos indeléveis

Que alguém me estendeu,

Salvando-me

E por isso aqui vou.

 

Sorrindo, olhando em frente.

Subindo a pulso,

Nas margens do rio.

Amarrado à vida,

Vivendo em cheio,

Sem freio nos dentes

 

E hei-de chegar

E vencer.

Meu porto final.

 

Ovar, 15 de Junho de 2013

13h47m

Joaquim Luís Monteiro Mendes Gomes

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