Rio de pedras...
Mergulhei ao fundo
da minha vida passada.
Fui pé-ante-pé, pelo fundo do rio.
Meus pés sangraram.
Com tanto calhau que pisou.
Pedras que alguém me atirou,
Tentando roubar minha vida.
Impedindo-me de chegar onde ia.
Mas não conseguiram.
As pedras jaziam inertes,
Com marcas das mãos indeléveis
Que alguém me estendeu,
Salvando-me
E por isso aqui vou.
Sorrindo, olhando em frente.
Subindo a pulso,
Nas margens do rio.
Amarrado à vida,
Vivendo em cheio,
Sem freio nos dentes
E hei-de chegar
E vencer.
Meu porto final.
Ovar, 15 de Junho de 2013
13h47m
Joaquim Luís Monteiro Mendes Gomes
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