Ao pé do rio...
Amarrei-me de corpo e alma
à beira dum rio
Para ver passar
aquela torrente funda
De águas limpas,
cheias de vida,
A correrem para o
mar.
Não sentem dúvidas.
Sabem bem o seu destino.
Enquanto correm,
só fazem bem.
Matam a sede,
Regam os campos,
Pintam de verde,
A terra-mãe.
Levam de graça,
Em cortejo infindo,
Multidões de peixes,
Como se fossem seus filhos.
Espelham o céu
Brincam ao vento,
Brincam com as folhas,
Tecem açudes,
Recantos de paz.
Consolam os tristes
A vê-las correr.
Não têm pressa.
Sabem esperar.
Já me perguntaram
Se eu quero ir...
Ovar, 1 de Junho de 2013
13h44m
Joaquim Luís Monteiro Mendes Gomes
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