sábado, 1 de junho de 2013


Ao pé do rio...

 

Amarrei-me de corpo e alma

à beira dum rio

Para ver passar

aquela torrente funda

De águas limpas,

 cheias de vida,

A correrem  para o mar.

 

Não sentem dúvidas.

Sabem bem o seu destino.

 

Enquanto correm,

só fazem bem.

 

Matam a sede,

Regam os campos,

Pintam de verde,

A terra-mãe.

 

Levam de graça,

Em cortejo infindo,

Multidões de peixes,

Como se fossem seus filhos.

 

Espelham o céu

Brincam ao vento,

Brincam com as folhas,

Tecem açudes,

Recantos de paz.

Consolam os tristes

A vê-las correr.

 

Não têm pressa.

Sabem esperar.

Já me perguntaram

Se eu quero ir...

 

Ovar, 1 de Junho de 2013

13h44m

Joaquim Luís Monteiro Mendes Gomes

Sem comentários: