sexta-feira, 14 de junho de 2013

Um vale de lágrimas...
De repente,
Por artes maléficas,
De alguns,
- uns traidores-
Este País
Se tornou
Num vale de lágrimas...
Onde só se ouve
Sofrer e chorar.
Era um canteiro,
Florido ao sol.
À beira do mar.
Abrigado dos ventos.
Um vale de esperanças.
Seara de fé,
Regada de paz.
Com casinhas caiadas,
Nas encostas das serras,
Parecia um presépio,
Abençoado por Deus.
Com noras nos campos,
Moinhos de vento
E nos leitos dos rios,
Girando felizes,
Brincando às regas
Nas securas do estio.
Ermidas nos montes,
Moradas dos santos,
Padroeiros da paz,
Portas abertas
Para o céu,
Uma vez cada ano.
Oficinas de tudo,
Espalhadas abundantes,
Em constante labor,
Com arte e saber,
Fabricando riqueza
De todas as formas,
Para as gentes servirem.
Era um paraíso escondido,
Em harmonia geral
Onde sabia viver
E até nem custava morrer,
Na hora final...
Ouvindo Pavaroti
Ovar, 14 de Junho de 2013
8h9m
Joaquim Luís Monteiro Mendes Gomes

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