domingo, 16 de junho de 2013


Para relaxar...

 

Lavei meu corpo ,

Nas águas correntes dum rio

Ao sol.

 

Tão limpo e perfumado,

Nem o sol me quis secar,

Com pena e medo

De o sujar,

Nas brasas ardentes

Dos seus raios.

 

Vesti minhas roupas

E lancei-me ao tempo

E, feliz e leve

Fui correr mundo.

 

Não passou muito.

Vieram as chuvas ácidas,

Cheias de cinzas.

Qual múmia negra,

Minha pele tinta,

Só meus olhos fundos,

Me reluziam no rosto...

 

Ai de mim,

Se o visse ao espelho!...

 

Voltei ao rio,

Num sítio à sombra,

Tanta era a vergonha e o medo

De imundo eu estava.

 

Caí ao rio,

Foi tal o susto.

 

Morri de medo,

Do medonho fantasma negro

Que saíu do fundo,

Pronto a matar...

 

Ouvindo “Vangelis”

 

Ovar, 16 de Junho de 2013

21h40m

Joaquim Luís Monteiro Mendes Gomes

 

 

 

 

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