Para relaxar...
Lavei meu corpo ,
Nas águas correntes dum rio
Ao sol.
Tão limpo e perfumado,
Nem o sol me quis secar,
Com pena e medo
De o sujar,
Nas brasas ardentes
Dos seus raios.
Vesti minhas roupas
E lancei-me ao tempo
E, feliz e leve
Fui correr mundo.
Não passou muito.
Vieram as chuvas ácidas,
Cheias de cinzas.
Qual múmia negra,
Minha pele tinta,
Só meus olhos fundos,
Me reluziam no rosto...
Ai de mim,
Se o visse ao espelho!...
Voltei ao rio,
Num sítio à sombra,
Tanta era a vergonha e o medo
De imundo eu estava.
Caí ao rio,
Foi tal o susto.
Morri de medo,
Do medonho fantasma negro
Que saíu do fundo,
Pronto a matar...
Ouvindo “Vangelis”
Ovar, 16 de Junho de 2013
21h40m
Joaquim Luís Monteiro Mendes Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário