Nave espacial
Por entre estreitas frestas das nuvens,
no silêncio infinito da noite,
Enxerguei a passagem,
pertinho do céu,
Dum pontinho de luz,
Tão lenta e suave,
Como se fosse parada.
Dizem que é uma nave espacial,
Saída da terra,
Rumando com norte,
Espreitando o que há
À roda da terra,
Sementinha azul,
Envolta de paz.
Mas onde, como vírus voraz,
germina a fome e a guerra,
de quem olha o céu...
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