Solidão Negra
Surdas badaladas me soam fundas.
Como teias de aranha presas
Nos fundos da caverna do meu mar.
Retinem sinos, como bombos,
Em longos cortejos negros
De tristeza e de pesar.
Sombras amargas me descem presas,
Neste poço fundo,
Quase sinistra sepultura.
Ouvem-se trotes secos de cavalos,
Por calçadas de falsas pedras,
Como fardos de palha seca.
Retirei-me do outro mundo
Onde tudo corre contra a mão.
Procuro a paz, mesmo que
No céu não haja estrelas,
Minha companheira,
Seja só a solidão...
Ovar, 16 de Junho de 2013
7h40m
Joaquim Luís Monteiros Mendes Gomes
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