quarta-feira, 5 de junho de 2013


Palco das farsas

 

Sabem-me a promessas

Azedas e falsas,

Todas as vezes que oiço

As vozes da praça,

Do alto das cátedras,

vomitarem certezas,

de tudo,

 

o que vale e não presta...

com a mesma pressão,

expressão facial ou vital.

Hipocrisia total...

 

Política, justiça e bola,

Ó que mixórdia!...

 

Da saúde para todos,

Escolas abertas,

Hospitais à medida,

ao longe e ao perto,

com rasgos de luz..

 

- não funcionam

ou fecham...

 

Prégar em igual tom e desprezo,

Do trabalho suado,

das mãos calejadas

que cavam ou pintam,

Sustento do pão para viver...

Para o corpo

E para alma...

 

E do capital,

cego e faminto...

Com vestes de gala,

Na festa,

Em lautos banquetes,

Pela calada das noites,

Só pensa comer e roubar

Quem trabalha...

Com algemas nas mãos.

 

Basta de farsas!...

Para sempre s calem!

 

Venha gente capaz e honesta!...

 

Ouvindo Grieg

 

Mafra, 5 de Junho de 2013

7h56m

Joaquim Luís Monteiro Mendes Gomes

 

 

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