terça-feira, 4 de março de 2014

brumas do mar...

Das brumas do mar...

Não te conheço mar irado,
Que brames em fúria, 
Contra as gentes da terra,
Destroças tudo,
Com voragem de morte,
Destruição e dor...

Onde ficou tua alma gentil
Ridente de sol,
Que espelhava o céu...
Essa magia sedutora,
Com sereias de luar...
Essa brisa fresca
Que enchia nosso peito
Com paz
E o gosto de viver?...

Não te reconheço,
Assim fera,
Bramindo e rangendo,
Como um inimigo mortal,
Capaz de matar,
Cegueira a arder,
Com fome de dor...

Ó mar que adorei
Com loucura de amor!
Serena!...Volta a brincar
Com barquinhos à vela,
Como se fosses menino!
Deixa as crianças
Construírem seus sonhos,
Erguendo castelos,
Desenhando sereias,
Com tua areia molhada...

Mil tendas às cores,
Em linhas de sol,
Cheias de gente
Que quer descançar
Das agruras do ano...

Ouvindo Balada nº 1 de Chopin,
Mafra, 4 de Março de 2014
8h59m
Joaquim Luís Mendes Gomes

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