Enigmático sentido da vida...
São belas as ramagens
e as copas densas
Que ladeiam as bermas
dos caminhos e das estradas,
por passam nossos passos.
Das margens do rio,
Onde flui a nossa vida,
Ora verdes, amarelas,
floridas,
Com o sol da primavera,
O ardor escaldante de cada estio.
O rigor cortante dos invernos.
A alegria luminosa
Das manhãs da nossa infância,
Num lar de paz e harmonia.
Mesmo com horas mais escuras,
Duma tristeza ou duma dor
Ou ferida,
Que o cuidado e o desvelo
Que se acende e arde à volta
Para curar.
Aquela ânsia de ver crescer,
A alma e o corpo,
Segundo o traço e as linhas naturais,
Inscritas no sangue rubro
Que flui nas nossas veias,
Conforme o jeito e forma
Da nossa cadeia de ancestrais.
Linhas de rosto,
Jeito de ser
Forma de andar
E de dizer que sim ou não,
Há hora agá...
A cor dos olhos,
Tons do cabelo,
Mesma bondade,
Mesma secura...
Mesma postura
Severa e fina,
-lindo mistério!
- tal e o qual,
O avô ou tia-avó,
Que Deus lá tem.
Como elos entrançados
Duma cadeia,
Ninguém lhe sabe
O começo
E quando acaba.
E quem me diz
Qual será o porquê e o fim
De tudo isto?...
Será bom sabê-lo.
Ouvindo uma melodiosa sequência musical variada a partir do
youtube
Mafra, 16 de Março de 2014
5h56m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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