sábado, 8 de março de 2014

despedida...

Despedida...

Admiro e choro
Com as Mães que vão ao cais,
Despedir-se dos filhos
Que, por dever da pátria,
Se vão para a guerra...
Podem não voltar mais!...
Terrível dor...
Quase desumana.

Admiro os noivos,
Prestes a darem o nó.
Que se dizem adeus,
Ao pé do mar...
Ao sabor das ondas,
Se vão...e talvez não cheguem.

E os apaixonados,
Que perdem o amor
De quem os amou...
Sei lá se voltam.

E os filhos que sabem que o pai
Se foi...
Contra tudo e todos...
Por rigor da lei que é cega!
Sabendo que a vida é só uma.
Oferta de Deus,
Para viver em pleno.

Maldito mal que semeia o mal
Tudo ameaça...
Por ninharias.

E não há remédio
Para tamanha dor.
Que nem o amor vence.

Chovam do céu
Lágrimas suaves
Semeando a esperança
Que tudo repare.
Já que da terra só nasce
A dor
E nos sepulta,
Sedenta e fria.
Coberta de neve...

Ouvindo o adágio de Albinoni
Mafra, 8 de Março de 2014
21h57m

Joaquim Luís Mendes Gomes

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