Uma espinha na garganta...
Ando como se,
Trouxesse uma espinha cravada na garganta.
Tenho de viver com ela.
Espetou-se sem eu dar conta.
Numa rica posta
Dum peixe
De que nem sei o nome.
Já fiz tudo ao meu alcance.
Para a esconjurar.
E ela se prende a mim
Como um náufrago,
Perdido no meio do mar.
Tusso e tusso.
Queria voar alto
e seguir para longe,
Mas ela me prende...
Com garras de quem me quer esganar.
Não vê que assim,
Ambos morremos.
A vida passa tão bela e fascinante
À nossa frente.
Porque não se desprende
E deixa livre
E vai ...para fora,
Onde ela queira?...
Maldita hora
Em que comi aquela posta,
Em vez de carne!...
Mafra, 4 de Março de 2014
15h59m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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