Aí vou...
Aí vou...pássaro sedento,
Ao sabor do vento,
Em liberdade plena,
Buscando um lago perdido,
Uma fonte escondida,
Onde beber,
Espanejar minhas asas,
Crestadas do tempo,
Sujas do ar.
Quero encontrar
Sementes douradas,
Meu alimento,
Cresçam em mim,
Dêm bom fruto
E eu possa oferecer
A quem precisar.
Vou decidido
A nunca parar,
Tão alto subir,
Para medir bem as distâncias,
Entre o mar e a terra,
Onde serpenteiam os rios,
No meio dos campos,
Aldeias espalhadas,
Onde vivem pessoas,
Que são meus iguais.
Parecem sem vida,
Que amam e sentem.
Quero largar estes versos,
Como folhinhas às cores,
Outono cadente,
Cheias de alma
Sedenta de amor...
Ouvindo Hélène Grimaud...
Berlim,2 de Dezembro de 2013
6h50m
Joaquim Luís Mendes Gomes