Entrei na cidade...
Fui à procura da rua da Melancolia.
A primeira que apareceu
Foi a da Alegria.
Corri-a de cima abaixo.
Só vitrines da alta moda.
Gente de fraque.
Roupa interior,
Da vaporosa.
De fino corte.
Aqui e ali,
Reminiscências...
Só uma tasca,
De vinho ao copo.
Entrei.
Grande sorriso...
Só alegria.
Era um galego,
Um resistente à moda...
Virei à esquerda.
Que grande praça!
Cheia de tendas.
Com tudo à venda.
Que romaria...
Da passa à uva!
Segui adiante.
Grande Avenida.
Cheia de eléctricos,
Passeios largos.
Gente a correr.
Um chafariz.
Vi um polícia,
Todo garboso,
No seu palanque.
A guiar o trânsito.
Abeirei-me dele.
Atencioso,
Desceu as escadas.
E perguntei:
- sabe onde fica
A rua da melancolia?...
- Perfeitamente.
Vai por aqui,
Rumo ao castelo.
Ali ao alto.
Vai encontrar um largo.
Com muitas árvores.
Um lindo lago,
Cheio de cisnes.
Com muitos bancos,
Cheios de velhos...
Ali estão à espera
Que o Senhor os leve...
Berlim, 14 de Dezembro de 2013
20h57m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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