homem da saca...
Todos os dias,
Chova ou faça sol,
Pelas nove/dez horas,
Ele ali vai...
Ele ali vem.
Cmo um pêndulo.
Entre Ericeira e Mafra.
É franzino.
Muito direito,
Já ancião.
Tudo nele é músculo.
Pele e osso.
Olhos fundos,
Num rosto enrugado.
Alpercatas nos pés.
Um boné na cabeça.
E a camisa é fina ou grossa,
Conforme o tempo.
Bem perfilado,
Fitando em frente,
Ali vai a pé...
Pela berminha da estrada,
Sempre a mesma,
Alheio ao mundo,
Que pensará ele?...
Uma vara ao ombro,
Dum ramo seco
A que rapou a casca.
E uma saca de pano,
Tecido de trapos,
De várias cores,
Conforme os riscos,
Cosido em casa.
É nele que cumpre
O dever que sente
De ganhar o pão,
Levando encomendas
Ao seu patrão...
Bar “ Os Sete Momentos”, em Mafra,
1 de Novembro de 2013
11h39m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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